sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

Labirintos

As ruas vão e vêm. Abraçam-se numa promiscuidade insensata. Perdem-se em labirintos de prazer. E eu ali…
As pedras da calçada segredam palavras que me rasgam os pés. A noite rouba-me a identidade. Posso ser eu, como pode ser qualquer um. As ruas são as mesmas, as pedras não deixam de segredar por ser outro.
A esquina tolhe-me em seus braços e o luar viola o meu olhar. Passam por mim e olham. Sinto que me estou a vender - mas não o corpo…
Irrompo nas ruas, como irrompe em mim a liberdade. Estou ali porque quero. Não parece; mas estou ali porque preciso colher sorrisos, arrancar pedaços de felicidade mesmo que de longe. É tudo o que preciso…

As ruas vão e vêm. E eu ali…

Comentários:
"A esquina tolhe-me em seus braços e o luar viola o meu olhar. Passam por mim e olham. Sinto que me estou a vender - mas não o corpo…"

Uma frase excelente!... A imagem da rua, da lua, da noite: tudo se evidencia nesta frase. Repito: Excelente!
 
Esses labirintos lembram-me vários sitios, mas será que todos nos perdemos neles e sentimos o mesmo?
 
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