sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006
Labirintos
As ruas vão e vêm. Abraçam-se numa promiscuidade insensata. Perdem-se em labirintos de prazer. E eu ali…
As pedras da calçada segredam palavras que me rasgam os pés. A noite rouba-me a identidade. Posso ser eu, como pode ser qualquer um. As ruas são as mesmas, as pedras não deixam de segredar por ser outro.
A esquina tolhe-me em seus braços e o luar viola o meu olhar. Passam por mim e olham. Sinto que me estou a vender - mas não o corpo…
Irrompo nas ruas, como irrompe em mim a liberdade. Estou ali porque quero. Não parece; mas estou ali porque preciso colher sorrisos, arrancar pedaços de felicidade mesmo que de longe. É tudo o que preciso…
As ruas vão e vêm. E eu ali…
As pedras da calçada segredam palavras que me rasgam os pés. A noite rouba-me a identidade. Posso ser eu, como pode ser qualquer um. As ruas são as mesmas, as pedras não deixam de segredar por ser outro.
A esquina tolhe-me em seus braços e o luar viola o meu olhar. Passam por mim e olham. Sinto que me estou a vender - mas não o corpo…
Irrompo nas ruas, como irrompe em mim a liberdade. Estou ali porque quero. Não parece; mas estou ali porque preciso colher sorrisos, arrancar pedaços de felicidade mesmo que de longe. É tudo o que preciso…
As ruas vão e vêm. E eu ali…
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006
Por aqui tudo teima em passar tão depressa...
Por aqui tudo teima em passar tão depressa...
Aqui estou eu - corpo inerte, flutuando sobre a relva. Não me movo. Tenho aquilo que os meus olhos abrangem, é-me suficiente… não quero mais. É como se os meus olhos se fundissem nas nuvens e o meu corpo levitasse de encontro ao nada…
Que tudo se resumisse a isso – nada.
Fecho os olhos. Fico limitado a quatro sentidos. Tudo se torna mais verdadeiro, não é que não o fosse anteriormente, mas a imaginação tem o poder de tornar a realidade naquilo que nós quisermos. E aquilo que nós queremos é-nos mais fácil de absorver e transparecer o que aquilo que nos é imposto.
Abro os olhos e sinto que o mundo parou. Acordo com a sensação que me rodeia não fora colocado ali por mero acaso. Tudo parece estar colocado no sítio certo, para que eu possa apreciar aquela inexplicável e irracional beleza.
Cheira-me a terra – a terra molhada. Um cheiro inconfundível. Dá-me vontade de ficar ali…só a cheirar e a tentar desvendar os eternos segredos da natureza. Porque se sente aquele cheiro de um momento para o outro? Porquê?
Aquele cheiro a chuva…
No céu, em apenas algumas nuvens se adivinha a sua presença. Uma gota inóspita e violenta cai sobre a minha cara e escorrega, como se destino certo tivesse. Entrega-se na minha pele e, como se dela necessitasse, o meu corpo absorve-a.
Não sei se estou feliz. Mas não interessa.
Aqui estou eu - corpo inerte, flutuando sobre a relva. Não me movo. Tenho aquilo que os meus olhos abrangem, é-me suficiente… não quero mais. É como se os meus olhos se fundissem nas nuvens e o meu corpo levitasse de encontro ao nada…
Que tudo se resumisse a isso – nada.
Fecho os olhos. Fico limitado a quatro sentidos. Tudo se torna mais verdadeiro, não é que não o fosse anteriormente, mas a imaginação tem o poder de tornar a realidade naquilo que nós quisermos. E aquilo que nós queremos é-nos mais fácil de absorver e transparecer o que aquilo que nos é imposto.
Abro os olhos e sinto que o mundo parou. Acordo com a sensação que me rodeia não fora colocado ali por mero acaso. Tudo parece estar colocado no sítio certo, para que eu possa apreciar aquela inexplicável e irracional beleza.
Cheira-me a terra – a terra molhada. Um cheiro inconfundível. Dá-me vontade de ficar ali…só a cheirar e a tentar desvendar os eternos segredos da natureza. Porque se sente aquele cheiro de um momento para o outro? Porquê?
Aquele cheiro a chuva…
No céu, em apenas algumas nuvens se adivinha a sua presença. Uma gota inóspita e violenta cai sobre a minha cara e escorrega, como se destino certo tivesse. Entrega-se na minha pele e, como se dela necessitasse, o meu corpo absorve-a.
Não sei se estou feliz. Mas não interessa.
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